Andrea Pazienza

Itália

Andrea Pazienza (San Benedetto del Tronto, 1956 – Montepulciano, 1988) é um dos mais importantes desenhistas italianos de todos os tempos e seu legado é comparável ao de outros colegas de profissão, como Hugo Pratt, Guido Crepax ou Milo Manara. Foi um dos membros fundadores da revista mensal Frigidaire, em 1980, na qual publicou sua série Zanardi, e também colaborou em outras revistas como Alter Alter, Linus e Comic Art, todas elas reconhecidas como fundamentais na evolução dos quadrinhos europeus. Extraordinariamente prolífico e com um enorme talento, tanto para o desenho quanto para o retrato da juventude de seu tempo, através de diálogos incisivos e naturalistas, Pazienza é, sem dúvidas, o autor de quadrinhos mais influente das últimas quatro décadas em seu país natal. Durante a primeira metade da década de 1980, Pazienza consumiu heroína, mas se desintoxicou em 1984. A partir desse momento, aprofundou-se em duas de suas paixões, a história e a poesia, dando luz a alguns de seus melhores trabalhos: Pompeo, Campofame e Astarte. Pazienza morreu em 1988, devido a uma overdose. Ele tinha 32 anos. Longe de diminuir sua estatura como autor, a morte prematura de Pazienza o transformou, justificadamente, em uma lenda. A qualidade de sua produção, a relevância dos temas abordados, seu amplo registro e um talento inato avassalador configuraram um artista que definiu culturalmente a Itália dos anos 1980 e, desenvolvendo seu trabalho em um âmbito muitas vezes culturalmente desprezado como os quadrinhos, pôde medir-se com grandes figuras de outras artes mais reconhecidas.

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