Richard Corben

Richard Corben nasceu em 1940, em Anderson, Missouri. Após concluir seus estudos de arte no Kansas City Art Institute, iniciou sua carreira como animador em uma empresa de filmes industriais. Sua carreira artística deslanchou quando ele ingressou na Warren Publishing, onde se destacou ao ilustrar histórias de horror e ficção científica para as renomadas revistas CreepyEerie e Vampirella, editadas por Jim Warren. A onda dos quadrinhos underground se espalhou para a Europa, gerando uma crescente demanda pela publicação das obras de Corben. Seu icônico personagem de fantasia, Den, teve sua gênese na revista underground americana, Grim Wit, e encontrou reconhecimento internacional nas páginas da revista francesa Métal Hurlant e na sua contraparte americana, Heavy Metal. A partir do início dos anos 2000, Corben estabeleceu colaborações regulares com os principais nomes da indústria de quadrinhos dos EUA, incluindo DC Comics, Marvel e Dark Horse. O talento e dedicação de Richard Corben lhe renderam um lugar no Hall da Fama do Prêmio Will Eisner em 2012, e também o prestigioso Grand Prix de Angoulême em 2018. Corben faleceu em dezembro de 2020, deixando para trás um legado artístico que perdurará por gerações.

Jean Dufaux

Jean Dufaux nasceu em Ninove, Bélgica, em 1949. Ele é um roteirista de quadrinhos, autor de séries populares como Jessica Blandy, Giacomo C., Djinn, La Complainte des landes perdues e Murena. No Brasil, suas obras incluem Predadores, publicada pela Devir em 2008, com arte de Enrico Marini, e Saria, lançada em 2023 pela Comix Zone, contando com as ilustrações de Paolo Serpieri e Riccardo Federici.

Riccardo Federici

Riccardo Federici nasceu em Roma, Itália, em 1976. Desde cedo, desenvolveu um forte interesse por desenho e pintura. Após concluir seus estudos em arte, ingressou na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma La Sapienza. Iniciou a sua carreira criando histórias em quadrinhos infantis e ilustrações para campanhas publicitárias. Em 2009, assumiu a continuação do trabalho gráfico de Saria, projeto iniciado pelo renomado autor de quadrinhos Paolo Serpieri. Federici foi o primeiro quadrinista a ter suas obras expostas na Bienal de Roma, compartilhando espaço com os maiores pintores e fotógrafos contemporâneos. Atualmente, ele é um colaborador frequente de editoras como a DC Comics, Marvel Comics, Dynamite, Dark Horse, entre outras. Paralelamente, ele compartilha sua expertise ministrando workshops de pintura, ilustração e quadrinhos em toda a Europa.

Paolo Serpieri

Paolo Eleuteri Serpieri nasceu em Veneza, Itália, em 1944, mas mudou-se para Roma ainda jovem, onde estudou pintura e arquitetura na Academia de Belas Artes, sob a tutela do pintor Renato Guttuso. Ele iniciou sua carreira como pintor em 1966 e chegou a ser professor de anatomia na instituição em que se formou, mas, em 1975, decidiu redirecionar seu foco para os quadrinhos quando foi convidado para trabalhar na revista Lanciostory. Daí em diante, nunca mais parou de produzir HQs. Foi cocriador da série italiana Storie del Far-West ao lado do escritor Raffaele Ambrosio, publicada nas revistas Lanciostory e Skorpio. Em 1985, em um esforço para explorar novos caminhos, Serpieri criou Druuna, a personagem que o tornaria internacionalmente famoso. Combinando de forma inteligente o erotismo, a ficção científica e o horror, a história conquistou tanto o público quanto a crítica e logo foi lançada em outros países, como Estados Unidos, França e Brasil. O artista continua a produzir as aventuras de sua personagem icônica até hoje, mas, em 2015, voltou às suas origens no Velho Oeste ao lançar pela Sergio Bonelli Editore a graphic novel Tex: O Herói e a Lenda, em que teve a oportunidade de trabalhar com o personagem mais famoso da Itália.

Luckas Iohanathan

Luckas Iohanathan nasceu em 1994 na cidade de Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte. Formou-se em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, mas sua verdadeira paixão são as histórias em quadrinhos. Como Pedra recebeu Menção Honrosa no 1º Prêmio Latino-Americano de Quadrinhos, em 2022. O Monstro Debaixo da Minha Cama, sua primeira obra, foi publicada gratuitamente na internet em 2020 e indicada ao 33º Troféu HQMix nas categorias Publicação Independente de Edição Única e Novo Talento Roteirista, e venceu a 2ª edição do Prêmio Geek de Literatura em 2023. Atualmente, ele mora em Rosário, na Argentina, com sua noiva. Trabalha como diretor de arte e ilustrador freelancer há quase dez anos.

Richard Malka

Richard Malka nasceu em Paris, França, em 1968. É um advogado especializado em direito de imprensa e atuou em diversos processos emblemáticos ao longo de sua carreira, defendendo grupos de mídia e editoras. Além de seu sucesso na advocacia, ele trilha um caminho singular: o da escrita. Entre seus principais trabalhos, destacam-se a saga jurídica L’Ordre de Cicéron (2004), La Face Karchée de Sarkozy (2006, com mais de 200.000 exemplares vendidos), Section Financière (2006) e La Pire Espèce (2010). Segmentos, sua obra mais ambiciosa, foi publicada originalmente entre 2011 e 2014. Inspirado por suas leituras apaixonadas de Asimov e Van Vogt, o livro representa um marco significativo em sua jornada literária.

Merwan

Merwan Chabane, nascido em 1978, é um quadrinista e animador francês. Formou-se na École nationale supérieure des arts décoratifs e iniciou sua carreira profissional no mundo dos videogames, ao mesmo tempo em que desenvolvia storyboards para diversas séries de animação francesas. Em 2002, como parte de sua tese de conclusão de curso, dirigiu o curta-metragem de animação Biotope, que recebeu inúmeros prêmios e chamou a atenção para o seu talento. Entre seus principais trabalhos nos quadrinhos, destacam-se Pankat (2004), Fausse garde (2009), L’Or et le Sang (2009), Pour l’empire (2010), Pistouvi (2011), Le Bel Âge (2012) e Jeu d’ombres (2016). Sua obra mais recente, intitulada Mecânica Celeste, foi originalmente publicada em 2019 e marca sua estreia no Brasil.

Alex W. Inker

Alex W. Inker nasceu em Maubeuge, França, em 1986. Formou-se em 2006 no Instituto Saint-Luc de Bruxelas em Quadrinhos e também possui um mestrado em Cinema. Além de ser desenhista e autor, ele é professor na Universidade de Lille 3, onde ensina aos seus alunos as interseções entre cinema e quadrinhos. Sua estreia no mundo dos quadrinhos ocorreu em 2016 com Apache. O álbum obteve grande sucesso tanto de público quanto de crítica, sendo agraciado com o prêmio de melhor quadrinho policial no Festival de Angoulême no ano seguinte. Também é autor de Panama Al Brown (2017), Servir le peuple (2018), Un travail comme un autre (2020) e Fourmies la Rouge (2021). Seu trabalho mais recente, Colorado Train, baseado no romance de Thibault Vermot, foi publicado originalmente em setembro de 2022.

Andrea Pazienza

Andrea Pazienza (San Benedetto del Tronto, 1956 – Montepulciano, 1988) é um dos mais importantes desenhistas italianos de todos os tempos e seu legado é comparável ao de outros colegas de profissão, como Hugo Pratt, Guido Crepax ou Milo Manara. Foi um dos membros fundadores da revista mensal Frigidaire, em 1980, na qual publicou sua série Zanardi, e também colaborou em outras revistas como Alter Alter, Linus e Comic Art, todas elas reconhecidas como fundamentais na evolução dos quadrinhos europeus. Extraordinariamente prolífico e com um enorme talento, tanto para o desenho quanto para o retrato da juventude de seu tempo, através de diálogos incisivos e naturalistas, Pazienza é, sem dúvidas, o autor de quadrinhos mais influente das últimas quatro décadas em seu país natal. Durante a primeira metade da década de 1980, Pazienza consumiu heroína, mas se desintoxicou em 1984. A partir desse momento, aprofundou-se em duas de suas paixões, a história e a poesia, dando luz a alguns de seus melhores trabalhos: Pompeo, Campofame e Astarte. Pazienza morreu em 1988, devido a uma overdose. Ele tinha 32 anos. Longe de diminuir sua estatura como autor, a morte prematura de Pazienza o transformou, justificadamente, em uma lenda. A qualidade de sua produção, a relevância dos temas abordados, seu amplo registro e um talento inato avassalador configuraram um artista que definiu culturalmente a Itália dos anos 1980 e, desenvolvendo seu trabalho em um âmbito muitas vezes culturalmente desprezado como os quadrinhos, pôde medir-se com grandes figuras de outras artes mais reconhecidas.